23/11/2012

O Breve Verbo - o livro



Um projeto antigo, mas bem antigo mesmo. Começou em 2002 e só agora ganhou uma edição impressa pela Editora Ocelote comandada pelo amigo Lucio.
O Breve Verbo nasceu de uma carência total de livros (ou quadrinhos, dependendo do ponto de vista) sobre jogos verbais em nossa língua. Ele começa bem, porque é a primeira edição a reunir somente jogos verbais de diversas áreas em nosso idioma. Esta é a lista dos assuntos que selecionei para esse volume:
Palíndromos; Sinais de pontuação; Emoticons; Nomes próprios; Ludosiglas; Palavras escritas na calculadora; Cúmulos; Pixies; Typewri toons; Pangrama; Tautograma; Ordem ocultas nas palavras; Quebra cabeças com letras; Alfabetos compactos; Anamorfose; Charadas com letras; Mnemônica; Assinaturas auto-referentes; Cacofonia; Números e letras; Caligrama; Figuras onomásticas; Equações com letras; Palavras com fósforos;  Charadas verbais; Letras com uma traçada só; Paradoxos verbais; Acróstico;
Frases auto-referentes; Lipograma;  Oxímoro; Anagrama; Língua do pê; Criptogramas e alfaméticos;
Ambigramas; Ilusões de ótica com palavras; Palavras mágicas; Mágicas com palavras e um punhado de outros assuntos em um capítulo chamado "Miscelânea".
Com o tempo exclui alguns capitulos já desenhados, um deles falava dos trocadilhos usado em nomes de filmes de pornochanchada na época da Boca do Lixo. Outro que caiu foi sobre frase de para-choques de caminhão caiu fora. Abaixo uma amostra de como era.


A pesquisa foi complicada, muitos jogos verbais não tem exemplos em português,  por exemplo, os  cartuns com letras chamados PIXIES inventados no anos 60 pelo americano  Jack Wohl. Neste caso a solução foi criar ideias próprias para exemplificar. Assuntos como ANAGRAMA prometiam reder muita história mas foi um sufoco achar bons exemplos em português.



Eu acho que o O Breve Verbo serve para duas coisas: Primeiro, mostrar um universo de possibilidades em relação a lúdica verbal que poucos conhecem. É impossível ficar indiferente a assuntos como, por exemplo, anamorfose com palavras. Neste caso é ler e se divertir.
Segundo, acho que o resgate e a valorização destes jogos se deve ser feita com urgência. Muitos jogos verbais estão praticamente extintos, resgatei meia duzia deles no livro.
Talvez perguntem, para que servem os jogos verbais? Primeiramente para entreter e divertir. Alguns jogos são exercícios de intelecto e beiram a composições poéticas (anagramas, palíndromos, lipogramas...). Mas os jogos verbais demonstram ser o próximo passo quando o hábito de ler se torna um prazer. Quando você se torna íntimo do verbo, da palavra, do texto,  é natural que a palavra comece a transcender. Então, de uma certa forma muitos jogos verbais são uma evolução desta relação leitura/prazer. Se você não gosta de ler, então nunca vai entender a magia de um palíndromo.
Por que fazer esse livro em forma de história em quadrinho? Bem, eu desenho quadrinhos e assim pude colocar humor e ironia em cada página. Na verdade O Breve Verbo não segue uma estrutura de história com começo, meio e fim. Basicamente os assuntos são expostos e exemplificados com centenas de exemplos. E por fim, jogos de palavras são perfeitos para o formato de quadrinhos, até me espanto nunca ninguém ter pensando nisto antes.

Em momento algum esse livro pretende esgotar qualquer assunto apresentado e muito menos ele deve ser a palavra final em jogos verbais em nosso idioma.
O livro estará a venda na livraria Cultura e na Nobel, mas o Lucio me avisou que é possível solicitar através de e-mail da editora: editoraocelote@gmail.com , o preço sugerido é de R$ 24,90 já com taxa de correio incluída, para maiores detalhes escrevam para ele.
O Breve Verbo. Antonio Eder. Editora Ocelote. 1° Edição. 100 páginas.



03/05/2012

Quadrinhopole # 9


Capa que desenhei para a edição # 9 da revista Quadrinhópole. Mais informações sobre ela em "O Breve Verbo".

20/02/2012

Carnaval antropomórfico


Na busca de elementos para retratar uma ilustração dentro dos mapas geográficos dos estados brasileiros, achei a linha com o Rio de Janeiro. O óbvio pode dar lugar a complexidade da forma horizontal do estado do Rio. Figuras antropomórficas sofrem de um apego com a simbologia do esteriótipo. Por exemplo, o mapa do Paraná resultou numa gralha azul. Rio de Janeiro remete a carnaval, daí o traço corre solto. Acredito que todos os estados brasileiros devem render imagens antropomórficas. Isso da samba.